segunda-feira, 7 de junho de 2010

PDPC - A escola e o Projeto Oikós







07 e 08 de Junho - Continuação do Encontro anterior: Avaliação

Houve continuação do encontro anterior sobre Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana com a presença dos profissionais da escola, coordenadoras do Projeto Clorinda e Maria Eliene e professoras formadoras do Cefapro Ketheley, Marli, Simone e Sueleide. Em um primeiro momento Simone de Sousa Naedzold fez apresentação de estudos sobre Infância, Pré-adolescência e Adolescência, mostrando caracteristicas em cada uma destas fases de desenvolvimento humano e, num segundo momento apresentou as capacidades de Alfabetização conforme o material do CEALE. Durante o encontro houve debates e discussões sobre Relatórios.
















terça-feira, 25 de maio de 2010

17 e 18 de maio - Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana (continuação)


Nos dias 17 e 18 de maio reuniram-se na escola para o Encontro de Formação Continuada os profissionais da Educação no Projeto Sala de Professor e formadores Ketheley e Marli do Cefapro, dando continuidade do encontro anterior. Iniciou-se com uma mensagem compartilhada A lição dos gansos, mostrou que devemos refletir sobre o trabalho em equipe. Na sequência foi realizada uma dinâmica com perguntas pessoais com o objetivo de discontrair, cada participante falou usando microfone conforme pergunta sorteada. Em seguida, foi lido o Parecer Orientativo do processo de Avaliação na Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana. Após a leitura, os participantes afirmaram que continua a dúvida sobre como fazer o Relatório. O grupo aguarda mais esclarecimentos sobre o assunto. Para próximo encontro ficou agendado Oficinas de Relatórios

03 e 04 de maio - Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana


Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana
, tema do Sala do Professor em 3 encontros consecutivos (03, 04, 17, 18 de maio e 07 e 08 de junho) com a duração de 4 horas em cada um deles com a participação dos profissionais da Educação Básica da escola e professores do Cefapro Ketheley e Marli. O encontro acontece quinzenalmente, em turnos opostos, nas segundas-feiras das 13h às 17h e nas terças-feiras das 7h às 11h, para atender todos os profissionais da escola.

O objetivo da formação é oportunizar a reflexão-ação-reflexão sobre a prática educativa na Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana. Serão abordados o currículo, metodologia e avaliação. Utilizaremos como metodologia de trabalho, proposição de reflexões, seguida de fundamentações teóricas, dinâmicas e vídeos. Para citar alguns autores como Arroyo (1999), Becker (2004), Franco (2005) e Perrenoud (2002). Como resultado faremos Relatório reflexivo descritivo do encontro Sala do Professor.


03 e 04 de maio – Sala do Professor

Apresentamos a pauta do encontro e compartilhamos uma mensagem Macacos em grupo. Na sequência organizamos grupo de trabalho baseado numa experiencia de PNL, cada participante fez um breve relato para o grupo o motivo por estar participando do Sala de Professor e de sua história de vida pessoal ou profissional. As pessoas recebiam cartões de cores diferentes (cartões rosa = os visuais; cartões verdes = os auditivos e cartões azuis = os sinestésicos), observamos palavras e frases relacionadas a sentimentos, sons relativos a visão e para confirmar distribuimos uma metáfora, uma fábula contada por Esopo, narrada de três formas diferentes. Ela vem descrita como uma experiência auditiva na primeira formulação, visual na segunda e sinestésica na terceira. Conforme a pessoa tenha preferido uma delas, possivelmente ela tenha tendência para organizar pensamentos e sentimentos – seu mundo interno, de forma visual, auditiva ou sinestésica. Os textos podem ser visualizados no site http://recantodasletras.uol.com.br/resenhas/1886215. As pessoas que tinham cartões da mesma cor deveriam se juntar, conversar e escrever durante cinco minutos sobre pontos fortes e fracos em relação a formação profissional, capacitações, limitações, relação com os colegas e relacionamento com os alunos. Depois, tinham que trocar de grupo e conversar com alguem que tivesse um cartão de cor diferente para perceberem diferenças e semelhanças no relacionamento do primeiro com o segundo grupo.

Na sequência, com o uso do data show e computador, registramos Certezas Provisórias e Dúvidas Temporárias sobre Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana. Todos participaram ativamente questionando principalmente sobre Avaliação e Metodologia.


As Certezas Provisórias:
1) Relatório é semestral, por área (terceira fase);
2) Toda a comunidade escolar tem que conhecer o Regimento, suas funções;
3) Conceitos (PS/PPAP);
4) Avaliação contínua;
5) Avaliar o aluno de acordo com as fases de desenvolvimento humano (Ciclo);
6) Alguns professores avaliam na perspectiva do ciclo e outros não;
7) Avaliar não é punir o aluno, mas sim para colaborar com a aprendizagem;
8) Conselho de classe (Avaliar aprendizagem e não indisciplina);
9) Os conceitos deixam dúvidas para os pais, sendo que os mesmos não compreendem a relatório proposto;
10) Boletim feito pela escola;
11) Relatório que descreve a situação que o aluno se encontra;
12) Importância do erro para aprendizagem

As Dúvidas Temporárias:
1) Como registrar as Faltas no Ciclo?
2) Pode haver retenção no final de Ciclo? A escola tem autonomia para reter um aluno? Quantos alunos? Existe uma porcentagem?
3) O que fazer com os alunos que tem 7 ou 8 anos e nunca freqüentaram escola? Onde esse aluno será matriculado? O que fazer?
4) E os alunos que se matriculam, freqüentam um mês e desistem, o que fazer quando retornam no ano seguinte?
5) Como reclassificar o aluno (idade/fase) e a aprendizagem?
6) Vantagens e desvantagens da Série e do Ciclo?
7) O que fazer com aquele aluno que abandonou a escola? Colocar conceito? Deixar em branco?
8) Por que somente dois conceitos para avaliar:PS e PPAP? O que significam?
Tem como acrescentar “conceitos”? É possível incluir mais um conceito para o aluno que não precisa de apoio pedagógico?
9) Disciplina/Indisciplina: Sobre valor moral e limite. Vamos conseguir mudar isso?
10) Deve haver premiação para turma?
11) Como fazer um relatório? Oficina? O que pode ou não descrever no relatório. Relatório é semestral ou anual? O relatório é por área ou disciplina?
12) Como saber o que aluno aprendeu? Como avaliar a aprendizagem

domingo, 9 de maio de 2010

Reflexões sobre Avaliação na Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana em Mato Grosso


04 de junho de 2009

Sara Cristina Gomes Pereira[1]

http://www.seduc.mt.gov.br/conteudo.php?sid=376&cid=8981&parent=0


Percebendo que nosso estar no mundo é repleto de aprendizagens e reconhecendo que o saber cotidiano transformar-se-á em saber científico e que este processo deve ser acompanhado de avaliação contínua e entendendo também que a educação é uma forma de intervenção no mundo e que a orientação escolar deverá contemplar a totalidade dos envolvidos neste processo, a Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana no Estado de Mato Grosso, prevê novas formas de avaliação da aprendizagem não mais focada no que as instituições de ensino, os educadores e os educandos não conseguiram aprender, sobretudo naquilo que durante o desenvolvimento escolar conseguiram construir. Este texto busca fornecer reflexões a cerca de que a avaliação seja uma possibilidade metodológica de ensino e não mais uma finalidade a ser utilizada ao final dos processos escolares.

Neste sentido, Renata Cristina Cabrera em seu livro Docência e Desespero: Avaliação da Aprendizagem na Escola Ciclada em Mato Grosso, em 2006 descreve a real dificuldade dos profissionais da Educação não só em entender as diferentes possibilidades de avaliações bem como qual a prática avaliativa mais adequada à escola ciclada no Estado de Mato Grosso. Na apresentação de seu livro Antonio Carlos Maximo diz, “... com relação às formas de avaliação a que são submetidas às crianças... não há outro caminho senão investir forte e continuadamente na formação dos professores, pois ninguém pode realizar um trabalho pedagógico para o qual não se teve formação”.

Ao discorrer sobre as teorias da avaliação da aprendizagem, a autora destaca a idéia de avaliação, como mensuração por meio de testes padronizados, introduzidos no Brasil na década de 30, segundo a autora até a década de 50, a avaliação sofreu forte influência da Psicologia, porém nos anos 60 e 70 sofreu influência do tecnicismo, cujo maior pressuposto era a racionalização do trabalho já a partir da década de 80, se sobressai os estudos que denunciam as práticas avaliativas de natureza seletiva e classificatória, em 1984, no XVI Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional, aprofundam as reflexões feitas no XIV seminário e propõe a avaliação diagnóstica a favor da democratização do ensino.

Neste sentido percebe-se que a temática da avaliação perpassa quatro gerações, sendo que na primeira a avaliação era tida como sinônimo de medida, na segunda, a descritiva, os resultados obtidos eram relacionados com objetivos estabelecidos, na terceira, a ênfase cai na formulação de juízo de valor, já na quarta geração, releva-se a negociação, abrangendo aspectos humanos, políticos, sociais, culturais e éticos.

Já nos anos 90 a ênfase nos estudos sobre avaliação recai sob os vários aspectos do processo, devendo ser levado em consideração não apenas a dimensão cognitiva, mais a social, a afetiva, os valores, as motivações e até mesmo, a própria historia de vida, para tal, várias vertentes são chamadas a tratar do tema desde a sociologia, até a psicologia e a pedagogia. Sendo assim duas vertentes se firmam nos estudos sobre avaliação uma que se caracteriza pela ênfase na racionalidade e objetividade do processo avaliativo e a outra que considera além dos aspectos quantitativos também os aspectos qualitativos, considerando não só o produto das aprendizagens, mas também a forma como essa vem se dando.

Neste sentido a autora cita Demo (1995) que diz: “... por mais que possamos admitir qualidade como algo mais e mesmo melhor que quantidade, no fundo uma jamais substitui a outra, embora seja possível preferir uma à outra.” Percebe-se então que quantidade e qualidade fazem parte de um mesmo todo. Para Demo (1995) a avaliação pautada em uma concepção formativa, que se preocupa com o percurso da aprendizagem individual, e que toma o erro pedagogicamente, como objeto de avaliação não somente do aluno, mas também como indicador para se rever sua metodologia de ensino e ou instrumentos de avaliação se configura como avaliação qualitativa.

A avaliação segundo a autora não é uma pratica neutra, é um ato político e está a serviço da sociedade que a mesma esta inserida, neste sentido Ohlweiler (1997) diz: “a avaliação da aprendizagem, não sendo um processo neutro, está vinculada a uma ideologia político-social”.

E neste sentido Vasconcellos (2000) discute a lógica dos absurdos que tem se constituído as praticas pedagógicas, especificamente as praticas avaliativas o autor faz a seguinte reflexão:

No principio era o caos. Um dia, o professor descobriu que podia mandar o aluno para fora da sala de aula, que a instituição cuidava de ameaçá-lo com a expulsão. Mais tarde um pouco, descobriu que tinha em mãos uma arma muito mais poderosa: a nota. Começa a usá-la, então para conseguir a ordem no caos. O caos se fez cosmos, o maldito cosmos da nota (idem, p.15)

Segundo Vasconcellos esta prática avaliativa está pautada em um modelo autoritário a serviço de uma política socioeconômica tradicional-liberal, garantindo a manutenção de uma prática excludente. E neste sentido para que a avaliação venha ser instrumento de inclusão, é preciso compreendê-la como processo de uma engrenagem maior que chamamos de educação escolar.

Para vários autores como Perrenoud (1999), Werneck (1996), Vilas Boas (2003), Bloom (1983) dentre outros a avaliação formativa corresponde o modelo ideal seguindo a lógica da atual sociedade a medida que haja um rompimento com práticas avaliativas tradicionais, arraigadas na alma do professorado e no sistema de ensino, embora tal rompimento não seja tarefa simples, pois trata-se de rever e re-significar mais de um século de práticas educacionais excludentes, além de superar barreiras como a má formação profissional, baixos salários e o descrédito na profissão do magistério.

Segundo Hadji (2002) “a avaliação formativa se apresenta hoje como um combate diário, o que necessitamos hoje, em termos de avaliação, é a construção de um olhar reflexivo, consciente e sensível do educador, que como tal, só pode ser curioso e indagativo”.

Embora a avaliação seja um dos nós da educação Brasileira, segundo a autora uma transformação em todo o sistema escolar se faz necessário, de modo que a avaliação da totalidade da escola seja colocada em evidência, para que questões, como a avaliação da aprendizagem dos alunos, estejam em consonância com projetos educativos da escola.

A escolha dos instrumentos de avaliação não pode ser aleatória, devendo estar atrelada ao planejamento de ensino e aos objetivos que se pretende alcançar. É preciso que o professor tenha clareza sobre: como, quando, para quem e para que avaliar, se o interesse é verificar não somente o produto das aprendizagens, mas também o decorrer de todo o processo, a articulação de vários instrumentos se fazem necessários como, por exemplo: o caderno de campo, a auto-avaliação, o mapa conceitual, o portfólio ou pasta avaliativa, a observação, a entrevista, as provas, as discussões coletivas, o conselho de classe, dentre outros.

Propor a substituição da nota pelos pareceres descritivos e relatórios de desempenho, é dar um salto qualitativo na compreensão e interpretação do fenômeno da construção do conhecimento, é compreender o aluno como ser único, que não pode ser julgado e avaliado com parâmetros que não sejam relacionados às suas características.

Reconhecendo que os atuais professores não receberam formação acadêmica nos bancos das universidades, para um trabalho como o proposto pela organização curricular por ciclos há de se viabilizar então formação continuada em serviço para tal prática.

A escola organizada por Ciclos se depara com alguns mitos como o da Reprovação, segundo depoimento de algumas professoras analisadas por Cabrera (2006), o medo da reprovação é o que motiva o interesse do aluno em estudar argumentando que “se eles sabem que não são mais perseguidos pelo fantasma da reprovação, não se interessarão mais, igualmente pelos estudos”. Para a autora, essa preocupação reflete as distorções acumuladas historicamente e as bases equivocadas do sistema: a incapacidade de envolver o aluno no processo educativo, por ele mesmo, e não por ameaça de alguma punição, como no caso a reprovação.

Muitos professores não classificam e selecionam o aluno porque é um tirano, um ditador. Na maioria das vezes, seleciona, reprova, em nome de uma suposta qualidade do ensino, em muitos casos, chega a afirmar que faz isso em prol do beneficio do aluno, argumentando que: “ na vida, serão cobrados... irão fazer testes seletivos... tem um vestibular para enfrentar”. Vemos neste discurso os pressupostos do individualismo, da sociedade calcada na competição. De qualquer modo, o que antes era tido como natural, agora passa a incomodar, ainda que de forma tênue, ao descrever as estratégias de avaliação utilizadas para superar as dificuldades que os alunos apresentam, o professor tem elementos para repensar sua prática pedagógica e refletir sobre o desempenho dos alunos entendendo que outros fatores deverão ser considerados.

O ponto de partida e principal em questão, não é simplesmente, eliminar legalmente a reprovação, mas lutar para que os professores se comprometam com a aprendizagem efetiva de todos, segundo Vasconcellos (1998, p.114), “antes de acabar com a reprovação na legislação, é preciso acabar com ela na cabeça dos educadores”.

Para Cabrera (2006), ainda há de se percorrer um grande caminho, para que as práticas avaliativas não estejam centradas na simples verificação de conteúdos assimilados, e passem a ser instrumentos para diagnosticar possíveis inferências durante todo o processo ensino-aprendizagem.

Para Fernandes & Freitas (2008), avaliação é uma atividade que envolve legitimidade técnica e legitimidade política na sua realização. Entretanto, o professor deve estabelecer e respeitar princípios e critérios refletidos coletivamente, referenciados no projeto político pedagógico, na proposta curricular e em suas convicções acerca do papel social que desempenha a educação escolar. Para os autores a avaliação é responsabilidade de todo o coletivo escolar. Assim sendo o professor não deve se eximir de suas responsabilidades do ato de avaliar as aprendizagens de seus estudantes, assim como os demais profissionais, em conjunto com professores e estudantes deverão participar das avaliações acerca dos demais processos no interior da escola, ressaltando a importância do estímulo à auto-avaliação, tanto do grupo, quanto do professor.

Os autores argumentam que em nossa cultura meritocrática, o uso das notas tem por finalidade classificar os melhores e piores durante o processo, sendo que os piores percorrerão o mesmo caminho novamente ao longo do período de estudos, sendo assim avaliar, para o senso comum, aparece como sinônimo de medida, de atribuição de um valor em forma de nota ou conceito, porém os professores têm o compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir.

Sendo assim notamos que avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Medir refere-se ao presente e ao passado, ou seja, avaliar refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro, portanto, medir não é avaliar, embora o mesmo faça parte do processo. Avaliar a aprendizagem do estudante não começa e muito menos termina quando atribuímos uma nota à aprendizagem.

A avaliação, portanto é uma das atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico, que inclui formulação dos objetivos da ação educativa, na definição de seus conteúdos e métodos, entre outros. A avaliação, portanto, sendo parte de um processo maior, deverá ser usado no sentido de acompanhamento do desenvolvimento do estudante. Quando a avaliação acontece ao longo do processo, com objetivo de reorientá-lo, recebe o nome de avaliação formativa e quando ocorre ao final do processo com a finalidade de apreciar os resultados, recebe o nome de avaliação somativa, percebemos que tais avaliações têm objetivos diferenciados.

Embora saibamos da possibilidade de avaliar para classificar ou selecionar, excluindo o educando durante o processo escolar, poderá optar por uma avaliação cuja lógica é a da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo. Essa concepção de avaliação parte do princípio de que todas as pessoas são capazes de aprender e de que as ações educativas, as estratégias de ensino, os conteúdos das disciplinas devem ser planejados a partir dessas infinitas possibilidades de aprender dos estudantes. Embora entendamos que os estudantes aprendem de varias formas, em tempos nem sempre homogêneos, a partir de diferentes vivências pessoais e experiências anteriores, sendo assim devemos entender a avaliação como promotora desses princípios, cujo papel é de auxiliar professores e estudantes a compreender de forma organizada os processos de ensinar e aprender.

Se entendermos que a escola, não é apenas um local onde se aprende a construir determinado conteúdo escolar, mas um espaço onde se aprende a construir relações com as “coisas” (mundo natural) e com as “pessoas” (mundo social). Essas relações devem propiciar a inclusão de todos e o desenvolvimento da autonomia e auto-direção dos estudantes, com vistas a que participem como construtores de uma nova vida social. Para tal é fundamental transformar a prática avaliativa em prática de aprendizagem, é necessário avaliar como condição para a mudança de prática e para o redimensionamento do processo de ensino/aprendizagem, sendo assim avaliar faz parte do processo de ensino e de aprendizagem, não ensinamos sem avaliar, não aprendemos sem avaliar. Dessa forma, rompe-se com a falsa dicotomia entre ensino e avaliação, como se esta fosse apenas o final de um processo.

Ao avaliar deveremos ter em mente que, em nossa prática, não estamos avaliando nossos estudantes e crianças, mas as aprendizagens que eles realizam. Neste sentido alguns aspectos deverão ser contemplados nos instrumentos de avaliação como a linguagem a ser utilizada, a contextualização daquilo que se investiga, o conteúdo deve ser significativo, coerência com os propósitos do ensino, explorar a capacidade de leitura e de escrita, instrumentos que podem ser utilizados ou construídos com a finalidade de acompanhar a aprendizagem.

O profissional, que trabalha na perspectiva da avaliação formativa, não estará preocupado em atribuir notas aos estudantes, mas em observar e registrar seus percursos durante as aulas, a fim de analisar as possibilidades de aprendizagem de cada um e do grupo como um todo, podendo planejar e re-planejar as possibilidades de intervenção junto às aprendizagens dos estudantes. Lembrando sempre que os envolvidos no processo de avaliação deverão ter clareza sobre o que é esperado deles para viabilizar a auto-avaliação.

Tendo em vista os pressupostos acima citados, bem como o Parecer Orientativo do Processo de Avaliação na Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana em Mato Grosso, a Equipe do Cefapro polo Sinop-MT, mediante a um diagnóstico solicitado às escolas no início do ano letivo, o qual revelou a necessidade de aprofundamento sobre essa temática.

É nesse sentido que nós, profissionais desta instituição temos nos empenhado em construir com o coletivo de profissionais da Educação desta região uma concepção de avaliação processual, diagnóstica e formativa, considerando que esta forma de avaliar permite aos envolvidos no processo perceber que a avaliação seja considerada um instrumento de construção de conhecimento, bem como possibilidade de aprendizagem, reconhecendo também que essa temática é fonte inesgotável de pesquisa e discussões, sendo necessário oportunizar esses momentos junto aos profissionais da educação.

FONTES DE CONSULTA

CABRERA, R. C. Docência e Desespero: Avaliação da Aprendizagem na Escola Ciclada. Brasilia: Liber Livro Editora, 2006. 189p.

FERNANDES C. de O; FREITAS, L. C. Indagações sobre o currículo: Currículo e Avaliação. Brasilia: MEC, 2008. 44p.



[1] Licenciada em Letras. Especialista em Lingüística Aplicada ao Ensino da Língua Portuguesa como Língua Materna. Professora Formadora do CEFAPRO de Sinop-MT




quarta-feira, 10 de março de 2010

09 DE MARÇO DE 2010 - ÁREA 21


Os Técnicos em Educação da Escola Estadual Nossa Senhora da Glória em reunião com a equipe de fomadores CEFAPRO (Rose Márcia, Marli, Sueleide, Ketheley e José Paulo), expuseram as dificuldades com relação ao trabalho de educar nos diferentes espaços escolares. Os Técnicos em Meio Ambiente e Manutenção da Infraestrura relataram que a escola precisa de um trabalho coletivo de conscientização sobre questões de organização e conservação do espaço escolar. Os Técnicos em Nutrição Escolar citaram como problema a adaptação do cardápio escolar para atender as diferentes clientelas do matutino, vespertino e noturno, para isso precisam conhecer as necessidades nutricionais de cada fase do desenvolvimento. Os Técnicos em Multimeios Didáticos tem encontrado como dificuldade a falta de conhecimento básico de informática de alguns profissionais, que pode ser trabalhado no laboratório de informática e a pouca procura de livros na biblioteca por parte dos alunos do ensino fundamental, sendo necessário o envolvimento em projetos incentivo a leitura. Os Técnicos em Gestão Escolar expuseram como dificuldades principais a falta de esclarecimento sobre as atribuições de cada cargo, divulgação e conhecimento do Regimento Escolar e Estudo sobre a escola organizada por Ciclos de Formação Humana com todos os profissionais da escola (professores e funcionários).

Na oportunidade foi reafirmada a importância da participação desses educadores no projeto Sala de Professor e de um trabalho conjunto entre todos os educadores da escola, professores e técnicos em educacão, para melhorar o atendimento ao aluno.

A escola só pode ser entendida como espaço de vivência democrática se todos respeitam as especificidades de cada função educativa e entedem a formação continuada como um direito e dever de todos os profissionais da educação.

Fica como mensagem para todas as escolas que incluir é respeitar esse direito, já garantido em Lei pela alteração do Artigo 61 da LDB, de que todos os que atuam na escola são educadores, e para tanto não há motivos que justifiquem dentro de uma mesma escola ter essa separação entre professores e funcionários.

Os colegas educadores da Escola Estadual Nossa Senhora da Glória já entederam a importância desse trabalho coletivo para a melhoria da escola, através do projeto Sala de Professor. E é esse o caminho....











02 DE MARÇO DE 2010 - INÍCIO DO PROJETO SALA DE PROFESSOR


Deu-se início a Sala de Professor da Escola Estadual Nossa Senhora da Glória (dia 02 de março), com a presença de profissionais da escola, juntamente com a coordenadora do Projeto Clorinda e os professores formadores do Cefapro José Paulo, Marli, Mendes Solange e Sueleide. No primeiro momento, a coordenadora propiciou junto aos professores, a leitura do texto CONVERSA com Educadores - PCN (Barbosa, 2002). No decorrer da leitura, os professores fizeram discussões e reflexões em torno da articulação teoria e prática, realizaram também a leitura dos objetivos do Ensino Fundamental. Na oportunidade, a secretária Irmgard solicitou esclarecimentos quanto a participação dos profissionais apoio e técnico administrativo no Sala de Professor. Foi sugerido então pelos professores formadores a presença da professora formadora Rose Márcia da Área 21 para uma conversa esclarecedora. Na sequência levantaram algumas possibilidades de temas para o projeto Sala de Professor.

BARBOSA, L M S. PCN: Conversa com educadores. Curitiba: Bela Escola Suprimentos Escolares Ltda, 2002.

SUGESTÕES DE PAUTA COLABORATIVA PARA 2010

Justificativa: as sugestões abaixo surgiram a partir das inquietações dos professores durante a Semana Pedagógica


Leitura do parecer orientativo do projeto Sala de Professor de 2010

Leitura dos Orientativos: Avaliação, Tempo e Espaço, Currículo da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana

Demonstrar intrumentos avaliativos com ênfase ao caderno de campo, portifólio e relatório.



Encontro da Área 21 com profissionais do apoio e técnico administrativo com objetivo de integrar todos os profissionais no Projeto Sala de Professor

SÍNTESE DA SEMANA PEDAGÓGICA NA ESCOLA


SOLICITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA UNIDADE ESCOLAR:


Metodologias e atividades diferenciadas de leitura e produção textual


Conceitos: conteúdo – atividade – assunto – tema - expectativas de aprendizagem


Avaliação na Escola organizada por ciclos de formação humana.


Cronograma dos Encontros Formativos do Cefapro na Internet


Oficinas de Sequência Didática utilizando material concreto para desenvolver ações educativas envolvendo a Matemática


Orientação para a elaboração de artigos científicos a partir das experiências vivênciadas no espaço escolar

O3, 04 e 05 DE FEVEREIRO DE 2010 - SEMANA PEDAGÓGICA


A Semana Pedagógica aconteceu entre os dias 03 a 05 de março sob o acompanhamento da professora formadora Marli Cichelero do Cefapro. Também estavam presentes o Diretor Anézio Bach, as Coordenadoras Clorinda e Maria Eliene, as Professoras Articuladoras Jucélia, Irani e Sandra, professores, apoio e técnico administrativo da escola. No primeiro dia todos os profissionais fizeram a leitura, reflexão e socialização do artigo da Revista Escola (Edição Especial de Janeiro de 2010) "O desafio de ler e compreender". O mesmo foi selecionado porque os alunos apresentavam dificuldades em relação a leitura. Isto permitiu aos professores uma maior observação daquilo que desmotivavam os alunos. A partir dessas leituras, os professores sugeriram estratégias de leitura para motivá-los. Em seguida, as coordenadoras encaminharam leituras sobre planejamento coletivo (PDPC). Alguns professores solicitaram oficinas de Sequência Didática utilizando material concreto para desenvolver ações educativas envolvendo a Matemática. Também solicitaram Cronograma dos Encontros Formativos do Cefapro na Internet. No segundo dia, a professora formadora Marli fez a apresentação do Cefapro. Na sequência, os professores deram continuidade ao Planejamento Coletivo e fizeram a leitura do texto "Planejamento passo a passo" da Revista Escola (Edição Especial de Janeiro de 2010). No dia 05 houve Reunião Pedagógica. A Secretária Irmgard solicitou um encontro da Área 21 com profissionais do apoio e técnico administrativo com objetivo de integrar todos os profissionais no Projeto Sala de Professor.

PROFISSIONAIS DA ESCOLA ESTADUAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

CEFAPRO

PROJETO SALA DE PROFESSOR


O Projeto Sala de Professor acontece quinzenalmente nas Segundas-feiras no período Vespertino e nas Terças-feiras no período Matutino, sob a coordenação das professores Clorinda e Maria Eliene, com a duração de quatro horas por período (duas horas de Sala de Professor e duas horas de PDPC - Projeto Didático Pedagógico Coletivo).


IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR


A Escola Estadual Nossa Senhora da Glória está localizada na BR-163, Km 811, no Bairro Alto da Glória, Sinop-MT, telefone (66)3515-0646, e-mail: SNP.EENOSSAS.GLORIA@SEDUC.MT.GOV.BR Atende as modalidades Ensino Fundamental (Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana), Médio e EJA.

DIRETOR DA ESCOLA:
PROF. ANÉZIO BACH

COORDENADORAS PEDAGÓGICAS
PROF. CLORINDA PICOLI
PROF. MARIA ELIENE LIMA DA SILVA

PROFESSORAS ARTICULADORAS:
IRANI BRAZ GOMES ARAÚJO
JUCÉLIA BENEDETTI REIS
SANDRA APARECIDA MARCARI BARRETO